Plástica das Pálpebras | Manual Pré-operatório


Blefaroplastia | Cirurgia das Pálpebras | Dr. Gustavo R Moreno | Brasília, DF
Blefaroplastia | Cirurgia das Pálpebras

Fatores como: idade, textura da pele, distúrbios da acuidade visual, problemas emocionais, etc., poderão deixar como conseqüência sua marca nas pálpebras. Assim é que, quando você for examinado (a) pelo cirurgião plástico, este fará uma análise profunda, para intervir somente naqueles setores que possam se beneficiar com a cirurgia.

  • P: QUAIS FATORES LEVAM ÀS ALTERAÇÕES DAS PÁLPEBRAS?

Muitas vezes o problema das pálpebras ocorre devido a fatores clínicos, não estando indicada qualquer cirurgia (olheiras, edemas, etc.). Outras vezes, os problemas clínicos estão associados ao cirúrgico e, mesmo que se opere devidamente as pálpebras, ainda assim persistirá um percentual do defeito original, decorrente do distúrbio clínico associado.

A cirurgia plástica das pálpebras corrige apenas os excessos de pele e gordura e flacidez muscular do território palpebral, podendo, em certos casos, melhorar o aspecto funcional além de estético. Não deverá, entretanto acarretar qualquer prejuízo para o lado da função das pálpebras, desde que a evolução pós-operatória seja normal. As perguntas mais comuns quanto a esta cirurgia são:

  • P: EXISTE UMA IDADE IDEAL PARA SE OPERAR AS PÁLPEBRAS?

R: Não existe uma idade ideal, mas sim, a oportunidade ideal. Essa oportunidade é determinada pela presença do defeito a ser corrigido e geralmente ocorre após a terceira década.

  • P: AS CICATRIZES SÃO VISÍVEIS? ONDE SE LOCALIZAM?

R: Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar praticamente disfarçadas nos sulcos da pele. Para tanto, deve ser aguardado o período de maturação da cicatriz (3 meses). Pela sua localização são passíveis de serem disfarçadas com uma maquiagem leve, desde os primeiros dias.

  • P: QUAL O TIPO DE ANESTESIA?

R: Pela extensão da cirurgia e boa qualidade dos anestésicos, a maioria dos casos é operada sob anestesia local (em alguns casos, com uma sedação prévia). Dependendo da vontade do paciente, poderão ser feitas sob anestesia geral. Reserva-se esta última conduta para os casos em que clinicamente está contra-indicada a anestesia local ou mesmo, quando a blefaroplastia esteja sendo feita simultaneamente a outras cirurgias.

  • P: HÁ DOR NO PÓS-OPERATÓRIO?

R: Geralmente não. Mesmo que ocorra uma sensibilidade maior ou pequenos surtos de dor, estes poderão ser perfeitamente abolidos com o uso de analgésicos comuns. Seu médico lhe prescreverá aquele mais indicado. Não de automedique.

  • P: OS OLHOS FICAM MUITO INCHADOS? POR QUANTO TEMPO?

R: O edema (inchaço) dos olhos varia de paciente para paciente. Existem aqueles (as) que já no 4º ou 5º dia apresentam-se com um aspecto bastante natural. Outros existem que irão atingir este resultado após o 8º dia. Mesmo

assim, os 3 primeiros dias do pós-operatório são aqueles em que existem maior “inchaço” das pálpebras. O uso de óculos escuros poderá ser útil nesta fase, assim como a utilização de compressas frias diminui a intensidade do edema. Sòmente após o 3º mês é que poderemos dizer que o edema residual é discreto.

  • P: QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO?

R: Anestesia local: de 4. a 8 horas, anestesia geral: 24 horas.

  • P: QUANTO TEMPO DURA A CIRURGIA?

R: Normalmente, em torno de 90 minutos. Dependendo do caso, existem detalhes que podem prolongar este tempo. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.

  • P: O QUE SÃO AS “MANCHAS ROXAS OU AVERMELHADAS ” OBSERVADAS EM CERTOS CASOS?

R: Nada mais são do que a infiltração do sangue na pele subjacente, e mesmo na conjuntiva ocular; são devidas ao próprio trauma cirúrgico. Isto, entretanto, não constitui qualquer problema futuro e não é considerado como complicação, mas sim, uma intercorrência transitória e reversível.

  • P: QUANDO ATINGIREI O RESULTADO DEFINITIVO?

R: Após o 3o. mês. Entretanto, logo após o 8º dia já teremos aproximadamente 25% do resultado almejado, sendo que nas 2 ou 3 semanas subseqüentes esse percentual tende a melhorar acentuadamente.

  • P: OS OLHOS FICARÃO OCLUÍDOS APÓS A CIRURGIA?

R: Não obrigaròriamente. Podem ser recomendadas a colocação de compressas frias por alguns minutos, várias vezes ao dia, ato este controlado pelo(a) próprio(a) paciente, como profilaxia do edema acentuado. Alguns cirurgiões, entretanto, preferem a oclusão dos olhos no pós-operatório.

  • P: AFINAL, O RESULTADO COMPENSA?

R: Se você está ciente do que deseja e o cirurgião puder lhe propiciar aquilo que pediu, sem dúvida compensa.

Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia das pálpebras não proporciona rejuvenescimento geral à face, quando executada isoladamente. Muitas pacientes esperam este resultado (rejuvenescimento) apenas com a blefaroplastia. O cirurgião plástico apenas melhorará esse território prejudicado pelos defeitos estéticos aí pré-existentes. O rejuvenescimento da face implica em outras condutas associadas à blefaroplastia. Os “pés de galinha”, mesmo que devidamente operados, nunca desaparecerão, ficando ainda o estigma, devido à ação do músculo orbicular e à perda da elasticidade da pele remanescente.

RECOMENDAÇÕES SOBRE A BLEFAROPLASTIA

A) PRÉ- OPERATÓRIO:

  • Comunicar-se com seu médico até 2 dias antes da cirurgia, em caso de gripe, período menstrual, indisposição, etc.
  • Internar-se no hospital indicado na última consulta, obedecendo ao horário de internação.
  • Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito fartas, na véspera da cirurgia, mantendo jejum absoluto (inclusive água) por um período de 8 horas antes da cirurgia. Se você toma remédios para a pressão arterial ou anti-depressivos, solicite orientação ao anestesiologista na sua consulta pré-anestésica sobre a manutenção destes medicamentos no dia da sua cirurgia.
  • Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer, anfetaminas, e estimulantes ilícitos (cocaína, crack) que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de 15 (quinze) dias antes do ato cirúrgico. Isto inclui também certos diuréticos e pre-treinos. Todos estes medicamentos podem produzir arritmias cardíacas e aumentar a possibilidade de uma parada cardíaca durante a cirurgia.
  • Suspender ou não usar medicamentos contendo ácido acetilsalicílico (AAS): Melhoral®, Aspirina®, etc. por um período de quinze dias, assim como Ginko Biloba e vitamina E. Tudo isto para evitar sangramento e hematomas. Assim como anticoncepcionais um mês antes da cirurgia para diminuir o risco de trombose venosa profunda.
  • Programar suas atividades sociais, domésticas, laborais ou escolares, de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente 1 semana.

 B) PÓS-OPERATÓRIO:

1) Compressas com água fria sobre os olhos poderão ser úteis para diminuir o tempo de edema e proporcionar certo conforto pós-operatório.

2) Alimentação livre, a partir mesmo dia da cirurgia. Carnes, leite e ovos ( proteínas ) são recomendados, assim como vitaminas, em forma de frutas.

3) Usar óculos escuros quando se expuser à luz natural e ao vento.

4) Evitar sol até os hematomas (roxos) desaparecerem, vento e friagem, por 8 dias.

5) Obedecer à prescrição médica.

6) Voltar ao consultório para curativo e revisão nos dias estipulados.

7) Não traumatizar nem “coçar” os olhos.

9) Dependendo de sua evolução pós-operatória, você poderá voltar às suas atividades normais, após 3 a 4dias.

10) Exercícios e atividade sexual somente após uma semana, já que o aumento da pressão arterial que acontece durante estas atividades pode levar a hematomas e complicações.

 

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